Antes de encerrar este blog, gostaríamos de agradecer o apoio recebido da Academia Cinética e da Hard Adventure, que ajudaram a viabilizar essa expedição.
Em breve vamos criar um novo blog para a nossa próxima aventura.
Um grande abraço a todos!
Felipe e Carla
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Documentário
Finalmente terminei a edição do documentário sobre a nossa expedição. Depois de perder muito tempo (e a paciência) com o Sony Vegas, acabei voltando para o Windows Movie Maker.
Esse documentário mostra um pouco de La Paz, da região do Condoriri onde fizemos a aclimatação e a escalada do Huayna Potosi, junto com o Vitor Lecio.
Namaste,
Felipe Moura
Esse documentário mostra um pouco de La Paz, da região do Condoriri onde fizemos a aclimatação e a escalada do Huayna Potosi, junto com o Vitor Lecio.
Namaste,
Felipe Moura
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Estamos voltando para o Brasil
Hoje é o nosso último dia em La Paz. Amanha bem cedo embarcaremos no aeroporto de El Alto (um dos mais altos do mundo a 4.000 m) em um voo para Sao Paulo com uma escala em Santa Cruz de la Sierra.
Alguns problemas de saúde enfrentados ao longo da expediçao nos impediram de fazer uma tentativa de escalada no Illimani (6460 m), pois estavamos com um pequeno atraso em nosso cronograma. Mas nao faltarao outras oportunidades.
Agora vamos trabalhar na ediçao dos videos e assim que estivermos com uma versao condensada para exibiçao no Youtube postaremos o link aqui no nosso blog.
Abraços,
Felipe e Carla
Alguns problemas de saúde enfrentados ao longo da expediçao nos impediram de fazer uma tentativa de escalada no Illimani (6460 m), pois estavamos com um pequeno atraso em nosso cronograma. Mas nao faltarao outras oportunidades.
Agora vamos trabalhar na ediçao dos videos e assim que estivermos com uma versao condensada para exibiçao no Youtube postaremos o link aqui no nosso blog.
Abraços,
Felipe e Carla
domingo, 24 de julho de 2011
Escalando o Huayna Potosi
Depois de um problema de infeçao gastrintestinal, que me deixou fora de combate por 3 dias, resolvemos dar continuidade a nossa expediçao e tentar escalar o Huayna Potosi (6088 m). Esta montanha tem a fama de ser o cume de mais de 6.000 m mais facil do mundo, nao pela facilidade da escalada (como veremos mais adiante), mas pelo fato de ser possível sair de La Paz num dia de manha e voltar no outro dia a noite.
Como o nosso amigo Vitor Lécio também queria subir o Huayna, formamos um pequeno grupo e contratamos novamente os serviços da Elma Tours para o transporte La Paz - Zongo - La Paz e um porteador (carregador) para levar nosso "excesso de bagagem".
Saimos de La Paz na sexta-feira as 9h30 numa pequena van. O percurso até a barragem de Zongo, a partir da cidade de El Alto é todo por estrada de terra. Chegamos lá por volta das 11 hs. Zongo (4700 m) nao chega a ser um vilarejo, tendo apenas umas 3 casas do pessoal que cuida da barragem que alimenta uma usina hidroelétrica mais abaixo. Porém, conta atualmente com dois refúgios que servem de campo base para a escalada do Huayna Potosi.
Chegando em Zongo nós pegamos as nossas mochilas e, junto com Juan (o porteador), entramos na trilha que leva ao campo alto, chamado de Campo Roca (5130 m). Para aliviar o peso "extra", resolvemos já sair de La Paz calçando as botas duplas, o que nao facilitou a nossa vida na trilha, que sobe passando pelo antigo glaciar e pela moraina (borda de um glaciar formado por terra e pedras), até chegar em um esporao rechoso onde está o refugio. Trilha que leva ao refúgio (no alto do cume a esquerda).
Por volta das 14h30 chegamos no refúgio Campo Roca com o tempo ligeiramente encoberto. Acertamos com o refugieiro os nossos lugares no mezanino, onde cabem cerca de 20 pessoas lado a lado. O refugio tem um outro espaço com beliches, onde cabem mais umas 20 pessoas, alèm do espaço principal que serve de "comedor" e onde dormem os guias e carregadores. Os banheiros sao fora do refúgio, assim como a cozinha. Carla chegando no refúgio Campo Roca (5.130 m)
Depois de arrumar os nossos lugares, fomos buscar neve limpa para derreter no nosso fogareiro e fazer água, pois no refugio nao tem água corrente. Comemos uns pratos liofilizados e fomos para o mezanino descansar um pouco, enquanto os outros desciam para jantar. A Carla teve bolhas nos pés (provavelmente por ter feito a trilha com botas duplas) e nao estava animada para fazer a escalada. Eu e o Vitor arrumamos as nossas coisas para o dia seguinte.
A 1 hora da madrugada aparece um cara gritando "hora de acordar". Deixamos a muvuca diminuir para tomar café, arrumar as nossas coisas e nos equipar para a escalada. Dentro do refúgio até que nao fazia tanto frio, mas quando saimos por volta das 3 hs dava para sentir o frio cortante (provavelmente -15 oC). Fomos subindo o glaciar, contornando inúmeras gretas até que por volta das 5 hs tivemos que parar para eu aquecer um pouco as minhas maos que estavam "duras" de frio. Logo depois chegamos a lugar conhecedido como "pala chica", un trecho de uns 50 m com uma inclinaçao de cerca de 60 graus, que passamos em simultaneo sem grandes dificuldades. Um pouco mais acima o dia começou a amanhecer e paramos novamente para apreciar o visual, fazer um lanche e aquecer o corpo. Cume do Huayna visto da metade da escalada
Felipe Moura Vitor Lecio
A escalada segue pelo glaciar, contornando o cume pela direita. Por volta das 9 hs chegamos na base do cume, num lugar conhecido como "pala alta". Infelizemente essa rampa final, que tem uma inclinaçao media de 70 graus, já nao tem gelo suficiente para permitir a escalada (como tinha em 2001 na primeira vez que estive lá) e tem vários trechos com rocha aparecendo. Continuamos contornando o cume para pegar a crista que conduz ao cume atavés de uma aresta de neve. Fomos percorrendo essa aresta, onde em alguns lugares nao dava para colocar os dois pés lado a lado. Como já passava das 10 hs a neve estava começando a amolecer, o que deixava aquela passagem ainda mais perigosa. Quando estavamos a menos de 100 m do cume (a cerca de 6050 m), achamos melhor nao arriscar e fazemos meia volta. É claro que a sensaçao de chegar no ponto mais alto é muito boa, mas a segurança deve vir em primeiro lugar. E ainda faltava uma longa descida.
Crista que dá acesso ao cume. Cume do Huayna Potosi (a esquerda no final da crista). Visual do cume.
Fomos descendo lentamente, pois já estavamos bastante cansados. Pouco a pouco fomos perdendo altitude, passando pela pala chica, contornando as enormes gretas, até que chegamos no refugio por voltas das 13h30, onde a Carla estava nos esperando. Arrumamos as nossas coisas e, junto com o Juan (carregador), pegamos a trilha de volta para o campo base. No final da trilha eu estava quase me arrastando, pois as pernas já nao queriam mais atender aos meus pedidos para andar rapido. Felizmente a van já estava lá nos esperando para nos trazer de volta a La Paz.
Depois de um merecido banho, fomos numa pizzaria comemorar a nossa "vitória". Eu e o Vitor comemoramos a nossa escalada como se tivessemos chegado no cume, afinal desistimos a poucos metros por uma questao de segurança. Até a Carla estava contente, por ter passado a sua primeira noite a mais de 5000 m.
Namaste,
Felipe Moura
Como o nosso amigo Vitor Lécio também queria subir o Huayna, formamos um pequeno grupo e contratamos novamente os serviços da Elma Tours para o transporte La Paz - Zongo - La Paz e um porteador (carregador) para levar nosso "excesso de bagagem".
Saimos de La Paz na sexta-feira as 9h30 numa pequena van. O percurso até a barragem de Zongo, a partir da cidade de El Alto é todo por estrada de terra. Chegamos lá por volta das 11 hs. Zongo (4700 m) nao chega a ser um vilarejo, tendo apenas umas 3 casas do pessoal que cuida da barragem que alimenta uma usina hidroelétrica mais abaixo. Porém, conta atualmente com dois refúgios que servem de campo base para a escalada do Huayna Potosi.
Chegando em Zongo nós pegamos as nossas mochilas e, junto com Juan (o porteador), entramos na trilha que leva ao campo alto, chamado de Campo Roca (5130 m). Para aliviar o peso "extra", resolvemos já sair de La Paz calçando as botas duplas, o que nao facilitou a nossa vida na trilha, que sobe passando pelo antigo glaciar e pela moraina (borda de um glaciar formado por terra e pedras), até chegar em um esporao rechoso onde está o refugio. Trilha que leva ao refúgio (no alto do cume a esquerda).
Por volta das 14h30 chegamos no refúgio Campo Roca com o tempo ligeiramente encoberto. Acertamos com o refugieiro os nossos lugares no mezanino, onde cabem cerca de 20 pessoas lado a lado. O refugio tem um outro espaço com beliches, onde cabem mais umas 20 pessoas, alèm do espaço principal que serve de "comedor" e onde dormem os guias e carregadores. Os banheiros sao fora do refúgio, assim como a cozinha. Carla chegando no refúgio Campo Roca (5.130 m)
Depois de arrumar os nossos lugares, fomos buscar neve limpa para derreter no nosso fogareiro e fazer água, pois no refugio nao tem água corrente. Comemos uns pratos liofilizados e fomos para o mezanino descansar um pouco, enquanto os outros desciam para jantar. A Carla teve bolhas nos pés (provavelmente por ter feito a trilha com botas duplas) e nao estava animada para fazer a escalada. Eu e o Vitor arrumamos as nossas coisas para o dia seguinte.
A 1 hora da madrugada aparece um cara gritando "hora de acordar". Deixamos a muvuca diminuir para tomar café, arrumar as nossas coisas e nos equipar para a escalada. Dentro do refúgio até que nao fazia tanto frio, mas quando saimos por volta das 3 hs dava para sentir o frio cortante (provavelmente -15 oC). Fomos subindo o glaciar, contornando inúmeras gretas até que por volta das 5 hs tivemos que parar para eu aquecer um pouco as minhas maos que estavam "duras" de frio. Logo depois chegamos a lugar conhecedido como "pala chica", un trecho de uns 50 m com uma inclinaçao de cerca de 60 graus, que passamos em simultaneo sem grandes dificuldades. Um pouco mais acima o dia começou a amanhecer e paramos novamente para apreciar o visual, fazer um lanche e aquecer o corpo. Cume do Huayna visto da metade da escalada
Felipe Moura Vitor Lecio
A escalada segue pelo glaciar, contornando o cume pela direita. Por volta das 9 hs chegamos na base do cume, num lugar conhecido como "pala alta". Infelizemente essa rampa final, que tem uma inclinaçao media de 70 graus, já nao tem gelo suficiente para permitir a escalada (como tinha em 2001 na primeira vez que estive lá) e tem vários trechos com rocha aparecendo. Continuamos contornando o cume para pegar a crista que conduz ao cume atavés de uma aresta de neve. Fomos percorrendo essa aresta, onde em alguns lugares nao dava para colocar os dois pés lado a lado. Como já passava das 10 hs a neve estava começando a amolecer, o que deixava aquela passagem ainda mais perigosa. Quando estavamos a menos de 100 m do cume (a cerca de 6050 m), achamos melhor nao arriscar e fazemos meia volta. É claro que a sensaçao de chegar no ponto mais alto é muito boa, mas a segurança deve vir em primeiro lugar. E ainda faltava uma longa descida.
Crista que dá acesso ao cume. Cume do Huayna Potosi (a esquerda no final da crista). Visual do cume.
Fomos descendo lentamente, pois já estavamos bastante cansados. Pouco a pouco fomos perdendo altitude, passando pela pala chica, contornando as enormes gretas, até que chegamos no refugio por voltas das 13h30, onde a Carla estava nos esperando. Arrumamos as nossas coisas e, junto com o Juan (carregador), pegamos a trilha de volta para o campo base. No final da trilha eu estava quase me arrastando, pois as pernas já nao queriam mais atender aos meus pedidos para andar rapido. Felizmente a van já estava lá nos esperando para nos trazer de volta a La Paz.
Depois de um merecido banho, fomos numa pizzaria comemorar a nossa "vitória". Eu e o Vitor comemoramos a nossa escalada como se tivessemos chegado no cume, afinal desistimos a poucos metros por uma questao de segurança. Até a Carla estava contente, por ter passado a sua primeira noite a mais de 5000 m.
Namaste,
Felipe Moura
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Voltamos do Condoriri
Ontem voltamos do campo base do Condoriri (4700 m). Passamos 5 noites no acampamento, o que melhorou muito a nossa aclimatacao. Nao tivemos nenhum problema relacionado a altitude, o que nos deixa animados para as proximas fases da nossa expedicao.
Saimos de La Paz no dia 12/7 com um taxi enviado pelo Genaro da agencia Elma Tours. A viagem ate o Condoriri leva cerca de 3 horas, apesar da distancia nao passar de 100 km, pois boa parte do trajeto eh feito em uma estrada de terra. No final dessa estrada carregamos as marinheiras em mulas para levar nossas coisas ate o campo base.
A caminhada de aproximacao leva cerca de 1h30 e passa pela Laguna Condoriri.
Laguna Condoriri (4600 m).
Laguna Condoriri (4600 m).
Montamos a nossa barraca em um lugar bem protegido do vento e perto do acampamento da Grade6.
Nossa barraca no campo base.
No primeiro dia fizemos apenas uma caminhada leve ate um lugar chamado Mirador, de onde se tem uma boa visao das montanhas mais proximas.
Uma Llama no Mirador.
No segundo dia fomos até o comeco do glaciar fazer uma revisao das tecnicas de escalada no gelo.
Parte final do glaciar.
Carla descendo o glaciar.
Depois tiramos um dia de descanso, prepando tudo para a escalada da Piramide Blanca (5300 m). Acordamos as 4 hs e as 5h15 saimos em direcao ao glaciar. Estava muito frio (em torno de -15 oC) e a Carla estava sentindo muito frio nas maos. Depois de um certo tempo decidimos voltar para a barraca para ela tentar esquentar as maos. Com isso acabamos abortando essa tentativa de escalada, pois já estava tarde para sair novamente.
No dia seguinte ja desmontamos o nosso acampamento, colocamos as marinheiras nas mulas e descemos a trilha ate o ponto onde um taxi nos trouxe de volta a La Paz.
Agora estamos preparando a nossa escalada do Huayna Potosi (6088 m). Provavelmente vamos sair de La Paz na quarta-feira.
Huayna Potosi visto da apriximacao da Cabeza del Condor.
Saimos de La Paz no dia 12/7 com um taxi enviado pelo Genaro da agencia Elma Tours. A viagem ate o Condoriri leva cerca de 3 horas, apesar da distancia nao passar de 100 km, pois boa parte do trajeto eh feito em uma estrada de terra. No final dessa estrada carregamos as marinheiras em mulas para levar nossas coisas ate o campo base.
A caminhada de aproximacao leva cerca de 1h30 e passa pela Laguna Condoriri.
Laguna Condoriri (4600 m).
Laguna Condoriri (4600 m).
Montamos a nossa barraca em um lugar bem protegido do vento e perto do acampamento da Grade6.
Nossa barraca no campo base.
No primeiro dia fizemos apenas uma caminhada leve ate um lugar chamado Mirador, de onde se tem uma boa visao das montanhas mais proximas.
Uma Llama no Mirador.
No segundo dia fomos até o comeco do glaciar fazer uma revisao das tecnicas de escalada no gelo.
Parte final do glaciar.
Carla descendo o glaciar.
Depois tiramos um dia de descanso, prepando tudo para a escalada da Piramide Blanca (5300 m). Acordamos as 4 hs e as 5h15 saimos em direcao ao glaciar. Estava muito frio (em torno de -15 oC) e a Carla estava sentindo muito frio nas maos. Depois de um certo tempo decidimos voltar para a barraca para ela tentar esquentar as maos. Com isso acabamos abortando essa tentativa de escalada, pois já estava tarde para sair novamente.
No dia seguinte ja desmontamos o nosso acampamento, colocamos as marinheiras nas mulas e descemos a trilha ate o ponto onde um taxi nos trouxe de volta a La Paz.
Agora estamos preparando a nossa escalada do Huayna Potosi (6088 m). Provavelmente vamos sair de La Paz na quarta-feira.
Huayna Potosi visto da apriximacao da Cabeza del Condor.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Estamos em La Paz
Comercio na rua do hotel
Mercado popular de La Paz
Illimani visto do mercado popular de La Paz
Chegamos em La Paz no sabado a noite depois de uma longa viagem. Estamos no Hotel Majestic, um pouco melhor do que o Hotel Torino onde ficamos em 2008. Ontem fomos passear um pouco pelo mercado popular, andando devagar pois no primeiro dia sentimos bastante o efeito da altitude (La Paz esta a 3.600 m). Hoje acertamos o transporte para o Condoriri e compramos a comida necessaria para essa primeira etapa da nossa expedicao. Encontramos varios amigos (Davi, Alex, Daniel, Vitor e Dirceu) que estao no mesmo hotel.
Amanha cedo vamos de carro ate uma pequena vila chamada Tuni, onde carregaremos as nossas marinheiras em duas mular e subiremos a trilha ate o campo base do Condoriri (4.700 m). A nossa previsao eh ficar la ate a proxima segunda quando voltaremos para La Paz. Nesse periodo vamos completar a nossa fase de aclimatacao a altitude e vamos tentar escalar o Pequeno Alpamayo (5.500 m).
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Nota sobre a expedição no portal da Unicamp
Hoje foi publicada uma pequena nota no portal da Unicamp, comentando a nossa expedição. A nota pode ser acessada hoje pela página principal do portal (www.unicamp.br) ou diretamente através do link (www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/2011/07/09/bolivia-cordilheira-real-novo-desafio-de-luiz-felipe-e-carla).
A expedição está começando!
Hoje estamos terminando os preparativos finais para a nossa expedição. Já separamos todos o material necessário. Sempre usamos um 'check list' para não esquecer nada, afinal qualquer detalhe deixado para trás pode comprometer a escalada. Desta vez vamos levar 3 marinheiras somando cerca da 50 kg.
Amanhã cedo pegamos um ônibus da Caprioli até o aeroporto de Cumbica (Guarulhos) onde embarcaremos as 16 hs em um vôo da Aerosur para La Paz. Vamos ficar 3 dias em La Paz (3.600 m) nos acostumando à altitude. Nesse período vamos comprar a comida necessária e acertar o transporte para o campo base do Condoriri (4.700 m). A nossa previsão é subir para o Condoriri no dia 12/7. Antes disso vamos atualizar o blog com fotos de La Paz.
Namaste!
Felipe e Carla
Amanhã cedo pegamos um ônibus da Caprioli até o aeroporto de Cumbica (Guarulhos) onde embarcaremos as 16 hs em um vôo da Aerosur para La Paz. Vamos ficar 3 dias em La Paz (3.600 m) nos acostumando à altitude. Nesse período vamos comprar a comida necessária e acertar o transporte para o campo base do Condoriri (4.700 m). A nossa previsão é subir para o Condoriri no dia 12/7. Antes disso vamos atualizar o blog com fotos de La Paz.
Namaste!
Felipe e Carla
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Patrocinadores da expedição
Neste último fim de semana concretizamos uma segunda parceria com a empresa Hard Adventure (www.hardadventure.com.br). Esta empresa está produzindo roupas específicas para esportes de aventura e atividades na natureza. A nossa expedição conta também com o apoio da Academia Cinética (www.cineticafitness.com).
O apoio destes dois patrocinadores foi fundamental para viabilizar a expedição Cordilheira Real 2011. Gostaríamos de agradecer ao Celso da Academia Cinética e ao Thiago da Hard Adventure pela confiança no nosso projeto e pelo apoio oferecido.
Carla Dias e Felipe Moura
O apoio destes dois patrocinadores foi fundamental para viabilizar a expedição Cordilheira Real 2011. Gostaríamos de agradecer ao Celso da Academia Cinética e ao Thiago da Hard Adventure pela confiança no nosso projeto e pelo apoio oferecido.
Carla Dias e Felipe Moura
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Resultados da Meia Maratona de Floripa
No dia 19/6 aconteceu a Meia Maratona Internacional de Florianópolis. Eu estava inscrito no percurso de 21 km e a Carla estava inscrita na prova de 10 km (havia ainda uma prova de apenas 5 km). O domingo amanheceu com condições ideais: temperatura em torno de 16 oC e ligeiramente nublado. A prova teve a participação de mais de 5000 corredores e a largada foi dada as 7h30. O percurso era totalmente plano, exceto pequenas subidas e descidas nos acesso à ponte que liga a ilha ao continente, seguindo sempre pela beira mar.
A Carla completou a prova em 1h06m sem grandes dificuldades. Já no meu caso, tive bastante dificuldade para manter o ritmo planejado (5m30s/km) nos últimos quilometros. Mas consegui concluir a prova em 1h57m e fiquei bastante satisfeito com a minha primeira participação em uma meia maratona. Nós dois estamos bem animados para participar de outras provas no segundo semestre.
Agora estamos na última fase do nosso treinamento físico, chamada de polimento, onde vamos apenas manter o nosso condicionamento sem forçar demais. Afinal faltam poucos dias para o começo da nossa expedição.
Felipe Moura
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Etapa final do treinamento físico
Faltam apenas 6 semanas para o começo da nossa expedição. Estamos entrando na fase final do nosso programa de treinamento físico. Para aumentar a nossa motivação para os treinos longos, decidimos participar da Meia Maratona de Florianópolis no dia 19/06/2011. Segundo as nossas pesquisas essa é uma das melhores provas para correr pela primeira vez os 21 km, pois o percurso é plano e a temperatura amena.
Nesses dois últimos meses os nossos treinos foram aumentando de volume. Começamos a correr 12 km no fim de semana, depois passamos para 16 km e nas últimas vezes corremos 18 km. Esses treinos longos tem como objetivo a preparação para completar os 21 km da meia maratona, mas vão nos ajudar também a enfrentar os longos dias de escalada na Cordilheira Real.
Depois contaremos como foi essa 'aventura'.
Felipe e Carla
terça-feira, 26 de abril de 2011
Rota francesa do Huayna Potosi
O Huayna Potosi (6088 m) está localizado na Cordilheira Real, perto de La Paz. A proximidade de La Paz (menos de 2 horas), a existência de um refúgio a cerca de 5300 m e a facilidade da rota normal faz que muitas pessoas procurem essa montanha.
Eu escalei o Huayna pela rota normal (em solitário) em 2001. Apesar de não apresentar nenhuma dificuldade técnica, é uma escalada bastante cansativa e muita gente abandona antes de chegar no cume.
Em 2008 eu voltei para a Bolívia junto com a Carla. A idéia era repetir junto com ela a rota normal. Mas a Carla teve um problema de saúde quando voltamos do Condoriri e não estava em condições de escalar o Huayna. Por outro lado o Davi Marski tinha terminado de dar o curso de escalada no gelo e estava indo, com mais alguns amigos, para lá. Combinamos então de tentar escalar pela rota francesa.
A parte mais técnica da rota francesa consiste de uma parede de gelo de cerca de 300 m, com uma inclinação variando de 50 a 70 graus (veja a foto abaixo). A rota começa no refúgio do Campamento Roca e segue a rota normal até perto da pala alta. Depois faz uma travessia para a esquerda contornando gretas e seracs até a base da parede. Ela termina no cume sul (5980 m). Para chegar no cume norte (6088) é necessário fazer uma travessia. Geralmente a descida é feita pela rota normal.
A nossa tentativa na rota francesa enfrentou vários problemas. Quando chegamos no refúgio descobrimos que ele tinha reservado por um grupo de italianos. Foi uma negociação dura até conseguirmos uma autorização para dormirmos no refeitório depois que o jantar fosse servido. Só conseguimos esticar os sacos de dormir depois das 22:00, sendo que colocamos o despertador para a 1:00. Durante a madrugada pegamos um frio extremo, beirando -20oC. Finalmente quando o sol saiu quase caimos numa greta ao nos aproximarmos de uma ponte de neve. Com o moral abalado, acabamos desistindo da rota francesa (inclusive da rota normal) e voltamos para o refúgio. O video abaixo, produzido pelo Davi, mostra como foi essa tentativa.
Este ano pretendemos voltar para o Huayna Potosi, depois de concluir a fase de aclimatação no Condoriri. Os nossos planos são subir todos (Felipe, Carla e Andrigo) pela rota normal e voltar para o refúgio, passar uma noite lá e fazer uma nova tentativa (Felipe e Andrigo) pela rota francesa. Espero que dessa vez a montanha esteja mais receptiva.
Eu escalei o Huayna pela rota normal (em solitário) em 2001. Apesar de não apresentar nenhuma dificuldade técnica, é uma escalada bastante cansativa e muita gente abandona antes de chegar no cume.
Em 2008 eu voltei para a Bolívia junto com a Carla. A idéia era repetir junto com ela a rota normal. Mas a Carla teve um problema de saúde quando voltamos do Condoriri e não estava em condições de escalar o Huayna. Por outro lado o Davi Marski tinha terminado de dar o curso de escalada no gelo e estava indo, com mais alguns amigos, para lá. Combinamos então de tentar escalar pela rota francesa.
A parte mais técnica da rota francesa consiste de uma parede de gelo de cerca de 300 m, com uma inclinação variando de 50 a 70 graus (veja a foto abaixo). A rota começa no refúgio do Campamento Roca e segue a rota normal até perto da pala alta. Depois faz uma travessia para a esquerda contornando gretas e seracs até a base da parede. Ela termina no cume sul (5980 m). Para chegar no cume norte (6088) é necessário fazer uma travessia. Geralmente a descida é feita pela rota normal.
A nossa tentativa na rota francesa enfrentou vários problemas. Quando chegamos no refúgio descobrimos que ele tinha reservado por um grupo de italianos. Foi uma negociação dura até conseguirmos uma autorização para dormirmos no refeitório depois que o jantar fosse servido. Só conseguimos esticar os sacos de dormir depois das 22:00, sendo que colocamos o despertador para a 1:00. Durante a madrugada pegamos um frio extremo, beirando -20oC. Finalmente quando o sol saiu quase caimos numa greta ao nos aproximarmos de uma ponte de neve. Com o moral abalado, acabamos desistindo da rota francesa (inclusive da rota normal) e voltamos para o refúgio. O video abaixo, produzido pelo Davi, mostra como foi essa tentativa.
Este ano pretendemos voltar para o Huayna Potosi, depois de concluir a fase de aclimatação no Condoriri. Os nossos planos são subir todos (Felipe, Carla e Andrigo) pela rota normal e voltar para o refúgio, passar uma noite lá e fazer uma nova tentativa (Felipe e Andrigo) pela rota francesa. Espero que dessa vez a montanha esteja mais receptiva.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Mais corridas
No dia 10/4 eu e a Carla participamos da primeira corrida da Série Delta em Campinas. Condições ideais: largada cedo (7h30), temperatura baixa e circuito relativamente plano (2 voltas na Lagoa do Taquaral). Resultado: minha melhor marca nos 10 km (48'40"). Isso me deixou muito contente e deu mais animo para continuar treinando forte.
Uma semana depois (17/4) participamos da Corrida Boldrini. Desta vez as condições não estavam tão boas: largada as 8h30 com uma temperatura mais elevada e algumas subidas ao longo do percurso (a mais forte justamente no final). Mesmo assim eu consegui correr os 10 km abaixo de 50 min. (49'27") e a Carla completou a sua primeira prova nos 10 km.
Agora a nossa meta é a meia-maratona (21 km) de Florianópolis no dia 19/6. Bota prá correr (movimento nacional para sair do sofá)!!!
Uma semana depois (17/4) participamos da Corrida Boldrini. Desta vez as condições não estavam tão boas: largada as 8h30 com uma temperatura mais elevada e algumas subidas ao longo do percurso (a mais forte justamente no final). Mesmo assim eu consegui correr os 10 km abaixo de 50 min. (49'27") e a Carla completou a sua primeira prova nos 10 km.
Agora a nossa meta é a meia-maratona (21 km) de Florianópolis no dia 19/6. Bota prá correr (movimento nacional para sair do sofá)!!!
terça-feira, 29 de março de 2011
O vírus da corrida
Há muito tempo eu incorporei a corrida no meu programa de treinamento físico. Eu tinha uma meta de correr 10 km em 50 minutos, que considerava suficiente para escalada em alta montanha. Na verdade eu não gostava de correr, preferia pedalar, escalar na rocha e fazer longas caminhadas para me manter em forma. Como eu não tinha uma programação correta de treino, eu nunca conseguia alcançar a minha meta, sempre correndo os 10 km entre 55 e 58 minutos.
Quando fomos escalar no Peru em 2009, eu percebi que o Andrigo tinha muito mais 'fôlego' do que eu. Durante a expedição ele me contou como ele treinava, me falou das corridas que ele participava e dos planos para correr uma meia-maratona. Aquelas conversas me animaram a investir mais nas corridas de rua. Logo depois da expedição eu me inscrevi para a Corrida Integração, umas das provas mais importantes de Campinas. O meu tempo foi um desastre (mais de 1 hora), mas em vez de desanimar eu resolvi levar o treinamento a sério. Pouco tempo depois participei da Volta da República, junto com o Andrigo, completando a prova em menos de 59 minutos.
Em 2010 eu fiz um treinamento específico para a Expedição Trilogia dos Alpes, ainda alternando corrida com bike, caminhadas e subida de escadas. Ainda no primeiro semestre eu conheci o Lucas (treinador da equipe Labex/Unicamp, veja o post anterior) e combinamos um treinamento específico para corrida, para começar em agosto. O resultado deste treinamento logo apareceu, pois na primeira prova (Corrida da TVB) eu já baixei o tempo para 57'. Nas provas seguintes, Corrida Integração e Volta da Unicamp, os tempos baixaram para 55' e 53'. Aos poucos eu fui me apaixonando pela corrida, comprei um segundo par de tênis para revezar nos treinos, passei a prestar mais atenção na minha dieta e começei a ler mais sobre fisiologia do exercício. Na Corrida Serie Delta eu consegui terminar a prova abaixo de 51'. Ainda fiz mais 2 provas de 6 km antes das férias do final do ano.
Assim que eu e a Carla voltamos da viagem ao Frey nós retomamos os treinos de corrida. Aos poucos fui voltando ao nível anterior, procurando correr no ritmo de 5' por km. Nestes dois primeiros meses já participei de 3 provas: Corrida da Lua (10 km), Corrida de Monte Mor (6 km) e Corrida Oba (8 km). Agora estou montando um calendário de provas até o início da nossa expedição em julho.
Acho que eu fui contagiado pelo o vírus da corrida!!
Felipe Moura
Quando fomos escalar no Peru em 2009, eu percebi que o Andrigo tinha muito mais 'fôlego' do que eu. Durante a expedição ele me contou como ele treinava, me falou das corridas que ele participava e dos planos para correr uma meia-maratona. Aquelas conversas me animaram a investir mais nas corridas de rua. Logo depois da expedição eu me inscrevi para a Corrida Integração, umas das provas mais importantes de Campinas. O meu tempo foi um desastre (mais de 1 hora), mas em vez de desanimar eu resolvi levar o treinamento a sério. Pouco tempo depois participei da Volta da República, junto com o Andrigo, completando a prova em menos de 59 minutos.
Em 2010 eu fiz um treinamento específico para a Expedição Trilogia dos Alpes, ainda alternando corrida com bike, caminhadas e subida de escadas. Ainda no primeiro semestre eu conheci o Lucas (treinador da equipe Labex/Unicamp, veja o post anterior) e combinamos um treinamento específico para corrida, para começar em agosto. O resultado deste treinamento logo apareceu, pois na primeira prova (Corrida da TVB) eu já baixei o tempo para 57'. Nas provas seguintes, Corrida Integração e Volta da Unicamp, os tempos baixaram para 55' e 53'. Aos poucos eu fui me apaixonando pela corrida, comprei um segundo par de tênis para revezar nos treinos, passei a prestar mais atenção na minha dieta e começei a ler mais sobre fisiologia do exercício. Na Corrida Serie Delta eu consegui terminar a prova abaixo de 51'. Ainda fiz mais 2 provas de 6 km antes das férias do final do ano.
Assim que eu e a Carla voltamos da viagem ao Frey nós retomamos os treinos de corrida. Aos poucos fui voltando ao nível anterior, procurando correr no ritmo de 5' por km. Nestes dois primeiros meses já participei de 3 provas: Corrida da Lua (10 km), Corrida de Monte Mor (6 km) e Corrida Oba (8 km). Agora estou montando um calendário de provas até o início da nossa expedição em julho.
Acho que eu fui contagiado pelo o vírus da corrida!!
Felipe Moura
sexta-feira, 4 de março de 2011
Preparação física
Desta vez começamos a nossa preparação física bem antes, assim que voltamos da Expedição Trilogia dos Alpes. Em agosto/2010 nós entramos para a Equipe de Corrida da Unicamp (http://correunicamp.blogspot.com/), coordenada pelo prof. Lucas Samuel Tessutti (http://www.blogger.com/profile/00351579335429785621). Passamos por uma avaliação física e logo começamos a seguir o treinamento proposto pelo Lucas. Começamos a participar de várias corridas de rua de 6 e de 10 km. Os resultados começaram a aparecer, pois os tempos foram baixando.
Em paralelo com o trabalho de preparação aeróbica, continuamos o trabalho de fortalecimento muscular na Academia Cinética (http://www.cineticafitness.com/). Esse trabalho é essencial tanto para dar suporte ao treinamento aeróbico, quanto para melhorar a nossa condição física para a escalada, além de ajudar a previnir as lesões.
Nestes 4 meses que antecedem a nossa expedição, vamos adicionar no nosso programa de treinamento físico as caminhadas de longa duração carregando uma mochila, assim como aguns treinos específicos como subir as escadas de um prédio. Isso vai garantir a resistência necessária para as longas jornadas nos dias de ataque ao cume.
Felipe Moura
Em paralelo com o trabalho de preparação aeróbica, continuamos o trabalho de fortalecimento muscular na Academia Cinética (http://www.cineticafitness.com/). Esse trabalho é essencial tanto para dar suporte ao treinamento aeróbico, quanto para melhorar a nossa condição física para a escalada, além de ajudar a previnir as lesões.
Nestes 4 meses que antecedem a nossa expedição, vamos adicionar no nosso programa de treinamento físico as caminhadas de longa duração carregando uma mochila, assim como aguns treinos específicos como subir as escadas de um prédio. Isso vai garantir a resistência necessária para as longas jornadas nos dias de ataque ao cume.
Felipe Moura
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Escalando no Frey
A escalada alpina depende de três fatores fundamentais: técnica de escalada, condicionamento físico e preparação psicológica. Este último aspecto, geralmente desprezado, é de grande importância. Devido às exigências da escalada alpina e aos elevados riscos envolvidos, a preparação psicológica pode ser decisiva no sucesso da escalada. Um alpinista bem preparado psicologicamente consegue se concentrar melhor nos trechos mais expostos da escalada, progredindo mais rapidamente. Esse foi um dos aspectos que nos levou a escolher o vale do Frey no norte da Patagônia (Argentina) para passar as nossas férias, além das paisagens fantásticas, é claro. Saimos, eu e a Carla, de Campinas no dia 27/12 num vôo da Aerolineas Argentinas rumo a Buenos Aires. Passamos dois dias lá, com um calor insuportável.
Centro de Buenos Aires
Bairro La Boca em Buenos Aires
No dia 29/12 pegamos um ônibus para Bariliche. A viagem foi bem agradável, apesar de durar mais de 22 horas. Ficamos apenas um dia em Bariloche, pois queriamos passar o Ano Novo já no vale do Frey.
Centro de Bariloche
Então, no dia 31/12 pegamos um ônibus urbano até a Villa Cohiues, onde conseguimos um cavalo para levar parte da nossa carga. Depois de andar 2 km por uma estrada de terra, chegamos na entrada do parque. Fizemos nosso registro e começamos uma linda trilha de cerca de 10 km até o Refugio Emílio Frey, que fica na beira de um lago, a 1700 m.
Trilha para o vale do Frey
Refugio Frey
Montamos a nossa barraca subindo a encosta, para escapar da 'agitação' do refúgio. Comemoramos a passagem do ano tomando um champagne e admirando a silhueta das agulhas contra um céu todo estrelado.
Barraca montada acima do refugio
Silhueta das agulhas no crepúsculo
Nos primeiros dias aproveitamos para fazer algumas caminhadas para conhecer a região. Apesar da impressão de que as agulhas estão distantes, as caminhadas levam de 1 a 2 horas, no máximo. A caminhada até a base da agulha principal (2410 m), por exemplo, levou cerca de 1h30.
Laguna Schmoll
Agulha principal
Depois dessa fase de 'aclimatação', fomos escalar algumas vias curtas em um setor ao lado esquerdo da agulha Frey. São vias de 5 e 6 grau, alternando proteções fixas e móveis, que não constam do guia de escaladas da região do Frey.
Num outro dia, tive a oportunidade de escalar com dois canadenses na agulha M2. Fizemos a via Socotroco (6b). Acabamos conhecendo dois brasileiros, o Camilo e o Plinio, com quem fui escalar algumas vezes. Começamos com as vias clássicas da agulha Frey: Diedro de Jin (5+) e Sifuentes Weber (5+). Esta última tem 4 enfiadas (90 m), quase toda em fendas e com proteções móveis. Imperdível!! Ainda tive a oportunidade de escalar junto com o Camilo as vias Sudor frio (6a+) e Yan Pipol for piz (6b) na agulha Yan Pipol e a via Del diedro (5+) na agulha M2.
Agulha Frey no centro e Agulha Yan Pipol a direita
Tivemos bastante sorte, pois passamos 12 dias acampados no Frey e só choveu um dia (e algumas noites). A temperatura estava bem agradável, oscilando entre uma mínima de 5 oC de madrugada e 25 oC no final da tarde. Conseguimos até tomar banho no lago!
Na volta passamos 3 dias em Bariloche para conhecer melhor a cidade e voltamos novamente para Buenos Aires de ônibus. No dia 17/01 voltamos para Campinas.
Editamos alguns videos feitos durante essa viagem, que mostram um pouco deste lugar maravilhoso.
Felipe Moura
Centro de Buenos Aires
Bairro La Boca em Buenos Aires
No dia 29/12 pegamos um ônibus para Bariliche. A viagem foi bem agradável, apesar de durar mais de 22 horas. Ficamos apenas um dia em Bariloche, pois queriamos passar o Ano Novo já no vale do Frey.
Centro de Bariloche
Então, no dia 31/12 pegamos um ônibus urbano até a Villa Cohiues, onde conseguimos um cavalo para levar parte da nossa carga. Depois de andar 2 km por uma estrada de terra, chegamos na entrada do parque. Fizemos nosso registro e começamos uma linda trilha de cerca de 10 km até o Refugio Emílio Frey, que fica na beira de um lago, a 1700 m.
Trilha para o vale do Frey
Refugio Frey
Montamos a nossa barraca subindo a encosta, para escapar da 'agitação' do refúgio. Comemoramos a passagem do ano tomando um champagne e admirando a silhueta das agulhas contra um céu todo estrelado.
Barraca montada acima do refugio
Silhueta das agulhas no crepúsculo
Nos primeiros dias aproveitamos para fazer algumas caminhadas para conhecer a região. Apesar da impressão de que as agulhas estão distantes, as caminhadas levam de 1 a 2 horas, no máximo. A caminhada até a base da agulha principal (2410 m), por exemplo, levou cerca de 1h30.
Laguna Schmoll
Agulha principal
Depois dessa fase de 'aclimatação', fomos escalar algumas vias curtas em um setor ao lado esquerdo da agulha Frey. São vias de 5 e 6 grau, alternando proteções fixas e móveis, que não constam do guia de escaladas da região do Frey.
Num outro dia, tive a oportunidade de escalar com dois canadenses na agulha M2. Fizemos a via Socotroco (6b). Acabamos conhecendo dois brasileiros, o Camilo e o Plinio, com quem fui escalar algumas vezes. Começamos com as vias clássicas da agulha Frey: Diedro de Jin (5+) e Sifuentes Weber (5+). Esta última tem 4 enfiadas (90 m), quase toda em fendas e com proteções móveis. Imperdível!! Ainda tive a oportunidade de escalar junto com o Camilo as vias Sudor frio (6a+) e Yan Pipol for piz (6b) na agulha Yan Pipol e a via Del diedro (5+) na agulha M2.
Agulha Frey no centro e Agulha Yan Pipol a direita
Tivemos bastante sorte, pois passamos 12 dias acampados no Frey e só choveu um dia (e algumas noites). A temperatura estava bem agradável, oscilando entre uma mínima de 5 oC de madrugada e 25 oC no final da tarde. Conseguimos até tomar banho no lago!
Na volta passamos 3 dias em Bariloche para conhecer melhor a cidade e voltamos novamente para Buenos Aires de ônibus. No dia 17/01 voltamos para Campinas.
Editamos alguns videos feitos durante essa viagem, que mostram um pouco deste lugar maravilhoso.
Felipe Moura
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Objetivos da expedição
Esta expedição tem como principal objetivo escalar algumas montanhas da Cordilheira Real na Bolívia.
Vamos começar com um período de aclimatação no campo base do Condoriri (4500 m), depois de passar uns 3 dias em La Paz (3600 m). A partir do campo base pretendemos escalar o Pequeno Alpamayo (5370 m) pela crista oeste (rota normal) e/ou pela rota diretíssima da face sudeste. Pretendemos também escalar a Cabeza del Condor (5648 m) pela rota normal da crista sudeste.
Depois pensamos em escalar o tradicional Huayna Potosi (6088 m) pela rota normal e/ou pela Via de los Franceses. Finalmente vamos tentar escalar o Illimani (6436 m) pela rota normal.
A escolha das rotas vai depender da qualidade do gelo, da nossa aclimatação e das condições climáticas. Havendo condições adequadas vamos buscar as rotas mais técnicas.
Vamos começar com um período de aclimatação no campo base do Condoriri (4500 m), depois de passar uns 3 dias em La Paz (3600 m). A partir do campo base pretendemos escalar o Pequeno Alpamayo (5370 m) pela crista oeste (rota normal) e/ou pela rota diretíssima da face sudeste. Pretendemos também escalar a Cabeza del Condor (5648 m) pela rota normal da crista sudeste.
Depois pensamos em escalar o tradicional Huayna Potosi (6088 m) pela rota normal e/ou pela Via de los Franceses. Finalmente vamos tentar escalar o Illimani (6436 m) pela rota normal.
A escolha das rotas vai depender da qualidade do gelo, da nossa aclimatação e das condições climáticas. Havendo condições adequadas vamos buscar as rotas mais técnicas.
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